DEPRESSÃO PÓS-PARTO

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O QUE É?

A DPP é uma forma de depressão que afecta mulheres após darem à luz um bebé. Estima-se que cerca de 60% das novas mães passam por uma forte melancolia após o parto, conhecida internacionalmente como "baby blues". Recomenda-se que uma psicoterapia seja iniciada o mais rápido possível. É comum que pais também tenham sintomas de depressão em 25,5% dos casos. O Edinburg PostNatal Depression Scale (EPDS) pode ser usado para identificar a presença de DPP.

CAUSAS

A DPP assim como a maioria dos transtornos psicológicos, tem como causas factores biológicos, psicológicos e sociais. Caso a mãe já apresente depressão antes do parto é provável que ocorra o seu agravamento. As grandes alterações hormonais durante a gravidez e a diminuição após o parto são um dos principais responsáveis. Porém existe uma clara relação entre o Suporte Social, dificuldades sócio-económicas e estado civil com a presença e gravidade da depressão.

TRATAMENTO

Pode ser tratado com um inibidor selectivo de recaptção de serotonina. Porém como a maioria dos antidepressivos passam para o leite materno é necessário o uso de substitutos adequados. Logo, a psicoterapia é o tratamento mais recomendado. Para mães que pretendem resultados mais rápidos a terapia cognitiva-comportamental e a terapia analítica-comportamental demoram por volta de 6 meses. Uma alimentação adequada, rica em Omega 3 e sais minerais, e exercícios também são importantes para melhorar o humor e a saúde em geral.

Existe também o risco de psicose pós-parto estimado entre 2 e 4 a cada 1000 partos. Muito mais grave que a DPP, na psicose de contacto com a realidade que pode incluir alucinação, delírios, fala desorganizada, humor instável, medo patológico e comportamento violentos contra si e contra os outros. Pode ser necessário a internação.

Em Angola devido à realidade social de muitas famílias, antecedentes familiares e pessoais características das mesmas, têm-se registado um número bastante elevado de casos de Depressão Pós-parto. A maternidade Central de Luanda (Lucrécia Paim) não tem dado conta do recado. O número de reclamações sobre a falta de humanização nos serviços prestados pelas maternidades em Luanda pelos trabalhadores da saúde das maternidades que na sua maioria são mulheres, é o que mais surpreende por não se ver amor ao próximo num trabalho tão sublime como ajudar a pôr uma pessoa no Mundo. Infelizmente a nossa realidade nos hospitais públicos é de agressão física e verbal às parturientes, e puérperas, que se tiverem algum antecedente que as deixe propensas a depressão torna-se mais fácil terem DPP.